A suplementação com vitamina E, carotenoides, vitamina C e zinco podem ajudar na redução da progressão da Degeneração Macular Relativa à Idade (DMRI).
Esta é a conclusão apresentada no site do Instituto Cochrane (1), num trabalho conduzido por Jenny Evans, da London School of Hygiene & Tropical Medicine, que reuniu 19 estudos sobre pessoas com degeneração da mácula ocular. Segundo o site dedicado à pesquisa e informação na área da saúde, os estudos reuniram pessoas de diversos pontos do globo: Austrália, China, Europa e Estados Unidos, conciliando informação existente desde 2012.
A investigadora refere que alguns dos estudos em que foram utilizados suplementos vitamínicos e outros placebo foram trabalhos mais pequenos e menos conclusivos e que mostraram alguma diversidade a nível de resultados.
A especialista destaca um trabalho de maior dimensão, levado a cabo nos Estados Unidos, que sugere – ao encontro da opinião cada vez mais generalizada entre os profissionais de saúde ocular – a combinação de algumas vitaminas e antioxidantes como meio de retardar o surgimento e progressão dos problemas relacionados com a degeneração macular.
Jenny Evans realça o facto de a suplementação com vitaminas, zinco e carotenoides (como betacaroteno, luteína e zeaxantina) ser uma hipótese no retardamento da Degeneração Macular Relativa à Idade e afirma: “se tiver DMRI diagnosticada, a suplementação vitamínica pode ajudar.”
Astaxantina – poderoso antioxidante
No que respeita a saúde ocular, o Dr. Mercola, um dos especialistas em saúde e nutrição nos Estados Unidos que privilegia comportamentos mais saudáveis e naturais, realça a importância e as potencialidades de um outro betacartoteno: a astaxantina.
Extraída de algas marinhas, é o componente responsável pela cor avermelhada no salmão devido à sua alimentação. Segundo o especialista americano, a astaxantina é um potente antioxidante, o mais poderoso dos carotenoides na eliminação dos radicais livres, e funciona como excelente proteção de raios UVB. No que respeita à saúde dos olhos, Mercola afirma que, o facto de a astaxantina passar a barreira hematorretiniana, traduz-se numa maior eficácia ao levar as suas características antioxidantes e anti-inflamatórias aos olhos, contribuindo para a diminuição do risco de DMRI, e outras doenças oculares.
Apesar de a astaxantina se encontrar em elevadas doses no salmão selvagem, o Dr.Mercola, adepto da alimentação e nutrição como principal meio para melhorar a saúde e qualidade de vida, afirma que, no caso da astaxantina, é recomendável a suplementação.
Para conseguir os efeitos benéficos que se conseguem numa pequena cápsula de astaxantina, seria necessário comer doses consideráveis de algas, lagosta, caranguejo e salmão. Quanto a este, o especialista afirma que é no salmão selvagem (e apenas no selvagem) que se encontram elevadas doses de astaxantina, das maiores à disposição no reino animal, e que é necessário consumir quase meio quilo de salmão para conseguir os benefícios de uma cápsula de 4mg.
Pela informação disponibilizada com a investigação científica, os complexos vitamínicos e carotenoides não são a solução para a cura da DMRI mas podem ajudar a atrasar o surgimento e progressão da doença, cuja consulta e acompanhamento por um especialista é fundamental.
(1) – http://www.cochrane.org/pt/node/47083
(2) – http://portuguese.mercola.com/sites/articles/archive/2016/09/07/antioxidante-astaxantina.aspx