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Sangue de Dragão é o nome dado à seiva da árvore Croton lechleri. Esta seiva tem propriedades medicinais estudadas e a utilização encontra-se registada desde tempos muito antigos.
Existem descrições do uso da planta Sangue de Dragão na Grécia Antiga para tratamento de diarreia, hemorragias e úlceras cutâneas. Outras descrições, do ano 1600, mostram a utilização das propriedades terapêuticas por tribos indígenas do México, Peru e Equador. Na Medicina Tradicional Chinesa, o Sangue de Dragão é recomendado para estimulação da circulação assim como regeneração de tecidos e fraturas.
O que é Sangue de Dragão?
O Sangue de Dragão é uma árvore medicinal de médio-grande porte que cresce nas zonas do Peru, Equador e Colômbia, existindo ainda espécies na zona da Ásia.
O termo Sangue de Dragão refere-se à cor vermelha da resina ou latex, que é libertada quando se golpeia o tronco das árvores de algumas espécies de Croton (género Euphorbiacea, nomeadamente C.lechleri, C.palanostigma, C.draconoides e C.urucurana). (1)
A importância do género Croton aumenta consideravelmente do ponto de vista médico por possuir grande quantidade de alcaloides bioativos.
Sangue de Dragão: propriedades terapêuticas
As propriedades terapêuticas atribuídas ao Sangue de Dragão proveniente da Croton lechleri devem-se à presença de algumas espécies de proantocianidinas e alcaloides. As proantocianidinas são um dos principais princípios ativos do latex vermelho (representando cerca de 90% do total do peso seco), nomeadamente as catequinas, epicatequinas, galactocatequinas, epigalocatequinas, diterpenos, Korberina A e B.
O alcaloide identificado no látex das plantas adultas é a Taspina, um dos principais componentes a contribuir para a eficácia terapêutica da resina da árvore Croton lechleri.
Esta árvore é considerada uma planta medicinal e está associada a efeitos terapêuticos devido às ações:
- anticancerígena
- anti-inflamatória
- antioxidante
- antimicrobiana
- antivírica
- anti-ulcerogénica
- adstringente
- cicatrizante. (2)
A seiva da planta Sangue de Dragão possui baixa toxicidade celular. É tolerada para estudos clínicos e segura para usar como remédio natural, sem riscos genotóxicos. (3)
Sangue de Dragão: campos de ação e benefícios
- Cicatrização de feridas
O Sangue de Dragão da Croton lechleri demonstrou boa capacidade de cicatrização de feridas cutâneas e de feridas na mucosa oral. A cicatrização cutânea é um processo complexo que envolve três importantes etapas: inflamação, proliferação e remodelação.
“Sangue de Dragão é um potente agente no tratamento e cicatrização de feridas, apresentando-se como uma opção segura e económica.”
Alterações em qualquer uma destas etapas pode levar a um atraso ou inabilidade de cura. O Sangue de Dragão da árvore Croton lechleri está associado a uma ação potenciadora e auxiliar nas etapas do processo de cicatrização natural.
Assim, o Sangue de Dragão encurta o período do processo inflamatório, possivelmente devido aos compostos fenólicos, nomeadamente as proantocianidinas e as catequinas.
Nas catequinas, destaca-se a ação da Taspina, relacionada com a estimulação da migração de fibroblastos nas feridas. Os compostos fenólicos (korberina, entre outros), estão associados à criação de uma espécie de camada protetora sobre a superfície da ferida, que poderá servir como barreira física à entrada de agentes patogénicos e infeciosos.
Por fim, a contração da ferida parece ser um dos fatores que facilitam e aceleram o processo de re-epitelização. Os compostos fenólicos condensam e coagulam a ferida através da agregação de proteínas e enzimas.
O efeito vasoconstritor do Sangue de Dragão também poderá acelerar o processo de cicatrização. (1) (3)
Um estudo recente feito em humanos demonstrou que o Sangue de Dragão é um potente agente no tratamento e cicatrização de feridas, apresentando-se como uma opção segura e económica.
O Sangue de Dragão “melhora a digestão e facilita o processo de cicatrização gástrica, o que explica a eficácia em casos de dispepsia gástrica.”
O Sangue de Dragão é uma alternativa a considerar, sobretudo em patologias onde as feridas ocorrem de forma recorrente como nas úlceras diabéticas, escaras em doentes acamados, para além de queimaduras cutâneas. (4)
- Ação Anti-inflamatória
A atividade anti-inflamatória do Sangue de Dragão está associada ao alcaloide Taspina, para além das protoantocianidinas. (1, 2)
- Ação Citotóxica e atividade anti-tumoral
Alguns compostos isolados do Sangue de dragão demonstraram atividade citotóxica (capacidade de destruir outras células pela libertação de substâncias), nomeadamente a Taspina.
Outros efeitos estudados no óleo Sangue de Dragão
- Ação sobre úlceras gástricas, gastrite e ação anti-bacteriana sobre a Helicobacter pylori
O Sangue de Dragão está estudado em situações de úlceras gástricas e Helicobacter pylori e associado a forte ação cicatrizante. (3) A Helicobacter pylori é uma bactéria com elevada prevalência na população e está demonstrado que, após a sua erradicação, a tendência a episódios de recorrência – muito típicos em gastrites e úlceras gástricas – deixa de existir.
Esta bactéria é também considerada como um fator pró-carcinogénico, sobretudo o carcinoma gástrico e o linfoma da mucosa associado ao tecido linfoide (MALT).
Um estudo por Tamariz Ortiz, de 2016, analisou a ação do Sangue de Dragão em diferentes concentrações sobre a Helicobacter pylori. Os resultados demonstraram que doses concentradas da planta tiveram uma importante ação bactericida sobre a bactéria. Este estudo sugere que o Sangue de Dragão poderá ser uma estratégia a ter em conta no tratamento da úlcera gástrica. (5, 6)
A seiva da árvore Croton lechleri estimula também a secreção de pepsina, favorecendo a degradação de proteínas de fonte alimentar. Em consequência, melhora a digestão e facilita o processo de cicatrização gástrica, o que explica a eficácia em casos de dispepsia gástrica.
A administração oral da seiva Sangue de Dragão também tem efeito antioxidante em mucosa gástrica, reduzindo a peroxidase, o que aumenta a sua ação citoprotetora. (3)
- Ação sobre o Melanoma humano e Cancro do cólon
O Sangue de Dragão tem uma interessante ação na inibição de células cancerígenas. Um estudo feito por Montopoli et al. analisou o efeito do Sangue de Dragão (resina da Croton lechleri) e da Taspina presentes sobre células SK3 do Melanoma e células HT29 e Lovo, do cancro colo-retal.
Como comparação, utilizaram-se Vimblastina e Toxol (duas substâncias usadas no tratamento de neoplasias).
Com a resina da Croton lechleri sobre as células Lovo (com elevada capacidade de metastização) e células HT29 (com baixa capacidade de metastização), os resultados na inibição destas células foram similares aos que a Vimblastina e o Toxol apresentaram.
Tanto a Taspina como a resina da Croton lechleri apresentaram uma boa capacidade de inibição sobre as células do melanoma humano SK3. (7)
- Ação sobre a Diarreia
Os povos nativos do Equador e do Peru usam o Sangue de Dragão no tratamento de diarreias associadas a disenterias e cólera, Síndrome do cólon irritável e outras patologias do aparelho digestivo. Os efeitos terapêuticos do Sangue de Dragão no tratamento da diarreia estão associados à presença do Crofelemer, uma proantocianidina oligomérica presenta na resina.
O mecanismo de ação do Crofelemer nas diarreias provocadas por enterotoxinas, vírus e outros fatores, envolve a inibição dos canais CFTR, Cálcio-Cloro na membrana luminal dos enterócitos.
Um estudo feito com indivíduos com HIV também demonstrou grande eficácia do Sangue de Dragão no controlo da diarreia persistente.
Este efeito antidiarreico, juntamente com a ação anti-inflamatória, têm demonstrado resultados positivos, não apenas em diarreias provocadas por vírus e bactérias, mas também em diarreias associadas a colites, síndrome de Chron e Síndrome do Cólon Irritável. (8)
- Ação Antivírica e Antimicrobiana
O Sangue Dragão tem forte ação antibacteriana sobre a Helicobacter Pylori. Há também indicadores da sua ação sobre o vírus da gripe (vírus influenza). No vírus herpes também se mostrou eficaz, mesmo em situações onde já existe resistência a antivíricos, com a seiva da Croton Lechleri a impedir a penetração do vírus nas células.
A resina do Sangue de Dragão apresenta propriedades de estimulação ou inibição da fagocitose, além de inibir a proliferação de células T ativadas. (9) (10)
- Ação Antioxidante
Apesar de os dados obtidos ainda só terem sido feitos em estudos com animais, o Sangue de Dragão parece ter uma ação positiva na eliminação de radicais livres, nomeadamente os radicais peroxil e hidroxilo. (11)
Dra. Lydia Freire
Nutricionista
Consultora Macrobiótica
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