“Em 1981, um cientista chamado Bruce Alexander iniciou uma experiência extraordinária para testar as causas da adição na sociedade. Embora a maior parte dos cientistas pensasse que a adição era sobretudo um acontecimento bioquímico, Alexander estava intrigado pela possibilidade de causas contextuais para a adição, baseando-se no facto de milhares de soldados que usavam regularmente heroína durante a Guerra do Vietname, terem desistido incrivelmente em 90 dos casos, depois de voltarem para casa, com sintomas de ressacas mínimos.
Alexander pegou então em ratos de laboratório e provocou-lhes uma adição à morfina durante meses, misturando a droga com açúcar e colocando-a na água de beber. Depois, dividiu os ratos em dois grupos. O primeiro ficou nas gaiolas e os outros foram para uma espécie de Jardin do Éden para ratos de laboratório, que o cientista e os colegas apelidaram de “Parque dos Ratos”.
O “Parque dos Ratos” tinha grandes espaços abertos, comida e bebidas disponíveis, e alojamento confortável e quente. Estava cheio de relva, árvores e mesmo brinquedos para os ratos. Depois de dividir os ratos entre gaiolas e o “Parque dos Ratos”, deu a cada grupo de ratos a escolha de água fresca sem açúcar ou mesmo morfina. E foi aí que aconteceu algo de verdadeiramente supreendente.
Sem excepção, os ratos das gaiolas escolheram ficar viciados, enquanto os do Parque passaram imediatamente para a água, apesar de passarem por sintomas de ressaca da morfina durante vários dias.
Com este estudo, podemos perceber que o sucesso para deixar de fumar passa por ter um ambiente favorável à calma e predisposição natural para adoptar novos hábitos que serão sempre necessários nesta nova fase da vida. Por exemplo, se está a passar por um processo de divórcio, perdeu alguém querido, o sucesso da Terapia para Deixar de Fumar irá estar condicionado. A decisão para deixar de fumar deve ser sempre feita com a consciência de que quem manda é você e não o tabaco. Certo?”