Iniciado pelo autor aos 15 anos, escrito e destruído três vezes em árabe, transformado através de cinco versões inglesas antes de surgir na sua forma definitiva em 1923, “O Profeta” alcançou um sucesso instantâneo e foi traduzido em dezenas de línguas.
Imitando a simplicidade do versículo bíblico, Gibran populariza um sincretismo alimentado do cristianismo, sufismo e budismo. Inspirando-se no Zaratustra de Niestzche, a sua personagem, Al Mustafá, dirige-se à multidão com imagens fugazes, retiradas da natureza. Não procurando convencer, alcança a universalidade propondo a meditação filosófica.
Solitário e taciturno, “O Profeta” exalta o conhecimento do eu para se dissolver na totalidade última.
