A zeolite é um mineral cujos benefícios têm sido estudados pela comunidade científica. A mais estudada e procurada é a zeolite clinoptilolite, para desintoxicar o organismo. No entanto, há muito que a zeolite é usada, em áreas como a agricultura, na limpeza de águas ou eliminação de metais pesados.
A zeolite é um composto natural, semelhante à argila, com estrutura porosa e cristalizada.
A zeoelite é um mineral com estrutura tridimensional tetraédrica, um pouco à semelhança de uma pirâmide com quatro lados triangulares. Composta por sílica e alumina (óxido de alumínio) contém uma carga negativa que atrai estruturas moleculares com carga positiva. É esta reação de atração de pólos que capta vários tipos de moléculas prejudiciais ao organismo. Estas moléculas, que podem ser de produtos e substâncias tóxicas presentes, por exemplo, na corrente sanguínea, nos tecidos ou trato gastrointestinal, são guardadas dentro da própria molécula de zeolite. Posteriormente, são removidas através dos sistemas intestinal e urinário.
É este tipo de estrutura que actua nos processos de limpeza mais variados, como na filtragem de águas, eliminação de microplásticos, limpeza de resíduos tóxicos ou elementos prejudiciais ao organismo. A zeolite é usada em diversas áreas e actividades, como na limpeza de terrenos e potenciador de fertilizantes agrícolas. Na actividade pecuária, serve como suplemento alimentar, assim como na limpeza de espaços, no combate a odores e contaminantes.
Existem dezenas de géneros de zeolite mas é a zeolite clinoptilolite que é mais usada nos processos de limpeza e detox no organismo humano. Graças à sua estrutura porosa e de carga negativa, a zeolite consegue limpar substâncias como metais pesados como chumbo, mercúrio, alumínio ou arsénio.
Zeolite – a pedra que ferve
A descoberta da zeolite atribui-se ao sueco Freiherr Cronstedt, em 1756. A zeolite foi batizada com as palavras de origem grega zeo (ferver) e lithos (pedra), dada a sua efervescência quando mergulhada na água. Acredita-se que, muito antes da descoberta científica, a zeolite já era ingerida na forma de pó em várias culturas que viviam perto de zonas vulcânicas.
O que dizem estudos sobre zeolite e os seus efeitos
No estudo Critical Review on Zeolite Clinoptilolite Safety and Medical Applications in vivo, publicado no Pubmed, em 2018, lemos:
“Com base no tamanho dos poros e nas propriedades de absorção, os zeólitos estão entre os mais importantes trocadores de catiões inorgânicos e são usados em aplicações industriais para tratamento de água e afluentes, catálise, resíduos nucleares, agricultura, aditivos para ração animal e em aplicações bioquímicas.”
Este trabalho de investigação estudou a aplicação de zeolite e assinalou que os “efeitos clinicamente relevantes observados em órgãos e sistemas para diferentes tipos de clinoptilolite in vivo são devidos às principais propriedades da clinoptilolite:
- desintoxicação
- efeito antioxidante
- libertação de oligoelementos
- influência positiva no estado da microbiota no intestino
(…) Estes efeitos foram documentados em animais e humanos com clinoptilolite em forma de pó usado como suplemento na dieta regular.”
Noutro trabalho, Zeolite Clinoptilolite: Therapeutic Virtues of an Ancient Mineral, publicado em Abril de 2019 no Pubmed, os investigadores afirmam que
“a zeolite clinoptilolita (ZC) reduz a concentração de amónio e melhora a integridade da barreira intestinal. Além disso, o ZC atua nos tecidos linfáticos intestinais com impacto positivo no ecossistema intestinal e fortalecendo o sistema imunológico.
A ZC utiliza iões metálicos, presentes na sua estrutura, como cofatores para a ativação de enzimas antioxidantes.” (legenda e imagem no trabalho científico)
Um ensaio clínico, publicado em Maio de 2022, estende as vantagens da zeolite clinoptilolite na osteoporose, com resultados positivos verificados no cálcio, cobre e sódio.